Maicon Cossa atuou como coordenador do painel que debateu macroeconomia, o cenário global com as tarifas de Trump e os desafios dos produtores rurais.
04/09/25
O 12º Congresso Brasileiro de Fertilizantes (CBFer), evento promovido pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), nesta terça-feira (2/9), em São Paulo, reuniu especialistas, líderes do setor, produtores, acadêmicos, jornalistas e autoridades para debater os desafios do agronegócio. Atuando como coordenador do painel “A Economia Brasileira, o Agronegócio e os Fertilizantes”, Maicon Cossa, diretor-presidente da EuroChem e Conselheiro da ANDA, ressaltou o papel central do fertilizante como um dos grandes pilares do agronegócio e da cadeia de produção de alimentos.
“O fertilizante é um dos elementos fundamentais na equação do sistema de produção, formando a base do agronegócio que, no Brasil, é um dos principais pilares da nossa economia, com uma participação que representa cerca de 25% do PIB. A relevância do agronegócio para o país é inegável, e sua influência na economia é imensa”.
Cossa afirmou ainda que, apesar de o setor ter vindo de uma supersafra, o atual cenário ainda é de desafios, o que reforça a necessidade de um suporte mais estrutural. “Sim, o setor precisa de algo mais estruturado, de políticas de governo e de Estado, para garantir que a linha de crescimento do agronegócio seja a mesma para todos os agentes da cadeia”, pontuou.
Cenário global com as tarifas de Trump
Ainda no Painel 2, o economista da MB Associados, Sérgio Vale, avaliou que a guerra tarifária de Donald Trump não deverá surtir os efeitos desejados pelo governo americano. Ele pontuou que as iniciativas visam diminuir o déficit na balança comercial e trazer indústrias de volta aos Estados Unidos, mas esses objetivos não serão alcançados. “As tarifas, por si só, não mudam a balança comercial, poucas indústrias efetivamente retornarão ao país e o aumento de arrecadação será mínimo”, sentenciou.
Sérgio destacou ainda que, diante desse cenário, a China se aproxima cada vez mais de parceiros comerciais mais confiáveis como o Brasil. Essa fragmentação do cenário global, segundo ele, traz desafios complexos para a economia mundial, em contraste com a postura dos EUA. Apesar do cenário, o PIB da agropecuária brasileira tem sido destaque nos últimos anos e continuará impulsionando o crescimento da economia brasileira, respondendo por quase metade do crescimento do PIB nacional projetado para 2025.
Crédito ao produtor e insumos utilizados
Em sua palestra no Painel 2, Jefferson Souza, analista da Agrinvest Commodities, abordou a situação do produtor rural e o impacto direto na compra de fertilizantes. Ele destacou que os agricultores estão em um momento de cautela financeira, optando por uma abordagem mais conservadora, o que ele descreveu como o “feijão com arroz” da produção. “O produtor é o nosso maior cliente, e se ele faz boas compras, o setor vai bem. As contas feitas no passado impactam muito o presente”, afirmou.
Jefferson pontuou que o acesso a crédito será o fator determinante para a safra de 2025, especialmente para a segunda safra de milho. Ele acredita que o produtor não reduzirá tecnologia, o que inclui o uso de fertilizantes, a menos que a falta de crédito o force. Esse cenário de desafios também se reflete no mercado de nitrogenados, que atravessa um período de mudanças. O analista explicou que o sulfato de amônio vem conquistando cada vez mais espaço no campo e se consolidando como uma alternativa mais competitiva em relação à ureia, impulsionado pela busca dos produtores por maior rentabilidade.
Políticas de estado
Em sua participação no Painel 2, Guilherme Campos, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, analisou o cenário de desafios enfrentado pelos produtores rurais, destacando o papel fundamental do governo. Ele enfatizou que, embora o Plano Safra tenha atingido um valor recorde de R$ 516 bilhões, as altas taxas de juros (com a Selic a 15%) dificultam o acesso e o uso dos recursos. “É a alternativa mais barata do mercado, mas o produtor é muito zeloso na hora de assumir o financiamento”, afirmou.
Guilherme comentou ainda que, com a alta taxa de juros, o produtor precisa agir com cautela, focando nos gastos essenciais como o preparo do solo e a compra de fertilizantes. Além disso, o representante da FPA chamou atenção para a situação crítica do Rio Grande do Sul, classificando-a como um “balizador” para o resto do Brasil. As perdas de safra no estado, causadas por condições climáticas, são um problema sério que impacta a economia do país inteiro. Ele finalizou a fala ressaltando a urgência na busca por soluções para mitigar os impactos das perdas.
FSB
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