Programa de Monitoramento Protege Espécies Ameaçadas

Você já ouviu falar do pato-mergulhão? Apesar do nome divertido, a situação dessa espécie é séria: restam apenas cerca de 250 indivíduos na América. Em Minas Gerais, o pato-mergulhão é uma das espécies monitoradas pelo Programa de Monitoramento da Fauna Ameaçada, conduzido pela EuroChem no Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre.

Desde 2016, o monitoramento é realizado em áreas de Serra do Salitre e Patrocínio, durante os períodos reprodutivos da espécie, em maio e agosto. De acordo com Cristiane Silva Amaral, analista de Meio Ambiente, a EuroChem utiliza métodos específicos para acompanhar o desenvolvimento da espécie.

“Os monitoramentos são feitos a pé e de caiaque nos córregos mapeados, buscando buracos em barrancos usados para desova. Também envolvemos os proprietários das áreas para apresentar o programa e recolher relatos de avistamentos fora da época de reprodução”, detalha Cristiane.

Histórico do monitoramento

Ao longo dos anos, a quantidade de patos-mergulhão avistados variou. Em 2017 e 2018, foram registrados apenas dois indivíduos, enquanto 2019 e 2020 apresentaram números mais otimistas, com dez aves avistadas em cada ano. O pico ocorreu em 2021, quando 23 indivíduos foram observados, mas, infelizmente, a tendência voltou a cair nos últimos anos, com apenas um pato-mergulhão registrado em 2023 e quatro até o momento em 2024.

Esses números refletem apenas os animais observados durante as ações de monitoramento, e não a população total na região. Cristiane explica que a diminuição de avistamentos pode estar ligada à natureza reservada da espécie, que habita áreas de difícil acesso e pode sofrer predação.

“Essa espécie vive em áreas altamente preservadas e pode ser predada, o que torna difícil garantir o mesmo número de avistamentos todos os anos“, comenta Cristiane.

Saiba mais sobre essa espécie no vídeo abaixo:

Educação ambiental e preservação

Além do pato-mergulhão, o programa também monitora outras espécies nativas, como tucanos, pacas e aves de rapina. Segundo Sarah Santos da Silva, técnica de Controle Ambiental, o programa de educação ambiental da EuroChem atinge cerca de 250 alunos por ano em nove escolas da região.

“Atuamos com temas variados de educação ambiental, envolvendo tanto fauna quanto flora e resíduos. Esse trabalho visa garantir a preservação dos habitats naturais“, afirma Sarah.

Sarah, que é de Alagoas e está na EuroChem há oito meses, destaca a diversidade da fauna local:

“É impressionante a quantidade de animais que vejo aqui, como tucanos, pacas, capivaras e aves de rapina. A EuroChem busca o equilíbrio entre as suas atividades e a preservação ambiental para minimizar o impacto no ecossistema“, conclui Sarah.

Mais sobre o Programa

Criado em 2016, o Programa de Monitoramento da Fauna Ameaçada vai além do acompanhamento do pato-mergulhão. A iniciativa também envolve os colaboradores de Serra do Salitre, além de engajar as comunidades ao redor, com uma forte presença em escolas da região. Atualmente, o programa está presente em nove escolas, focando nos alunos do 5º ano e impactando cerca de 250 estudantes por ano.

“Atuamos com foco não só na fauna ameaçada, mas também em temas relacionados à flora, áreas verdes e resíduos. É uma iniciativa que engloba a educação ambiental como um todo“, explica Sarah.

Tudo isso é feito para garantir que os animais nativos tenham seus habitats conservados e preservados, permitindo que permaneçam nas suas regiões naturais e continuem se desenvolvendo.

Com iniciativas como o Programa de Monitoramento da Fauna Ameaçada, a EuroChem reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a proteção das espécies em extinção.